Convergências de Saberes

Projeto de prática Pedagógicas em Rede

domingo, 11 de abril de 2010

Pesquisa mostra que brasileiros ainda desconhecem a leitura digital

A pesquisa mostra que a maioria dos brasileiros ainda desconhece o leitor de livros digitais, mais conhecido como e-reader, além de não saber como acessar o conteúdo na internet. A comodidade do livro em papel, como manuseio e transporte, também foram fatores considerados determinantes na pesquisa, para que a população ainda rejeite o livro digital.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sem medo do mouse

Contra o analfabetismo digital, escolas investem em cursos mais avançados para atrair jovens e até idosos em busca de um lugar no mercado de trabalho

Frederico Bottrel

Para quem nasceu nos últimos 10 anos, abrir e-mails, ler e editar documentos em uma tela de computador, maximizar e minimizar arquivos são operações quase tão simples como respirar. Mas, se esse não é o seu caso, talvez você se lembre do quão traumatizante pode ter sido o primeiro contato com o mouse.

Acontece que transitar sem medo no mundo de janelas, pastas e arquivos virtuais é cada vez mais condição inevitável para se manter atualizado e, especialmente, competitivo no mercado de trabalho. O universo dos cursos de informática básica pega carona nesse conceito – e sobrevive, ensinando aos que ainda não se alfabetizaram digitalmente os caminhos para se dar bem, entre o Word, o Excel, o Power Point e a internet.

Temperam os conhecimentos técnicos com pitadas de normas da autoajuda e até conselhos de empreendedorismo, enquanto, mesmo com tanto esforço, veem o público-alvo diminuir com o tempo.

“Na década de 1990, tínhamos 27 turmas iniciantes a cada 15 dias. Hoje, são cinco. No futuro, o curso básico vai acabar”, sentencia Leonardo Abreu, diretor comercial da Pró-Informática, uma das escolas, em Belo Horizonte, que recebem alunos que nunca se sentaram diante de um PC.

O autodidatismo, tão próprio às ferramentas de informação intuitivas, é o principal inimigo dessas escolas, que se adaptam como podem. “Começamos a dar ênfase aos cursos avançados, como estratégia mesmo”, explica Mônica Fernandes Nunes, da SOS Computadores.

Mas nem só de jovens interessados em turbinar o currículo estão cheias as salas de aula dos cursos básicos. Idosos são cada vez mais comuns – também em iniciativas voluntárias de profissionalização.

É o caso do projeto de extensão da PUC Minas, o Barreiro Digital, que atendeu, em 2009, 598 pessoas daquela região da capital, interessadas em se instrumentalizar no mundo dos computadores. Nesta edição do Informátic@, você confere em detalhes as dificuldades e superações de quem precisa vencer o medo do mouse.